Testemunhos

Sara Rocha

No âmbito das actividades curriculares do MISIE tive oportunidade de contactar com pessoas e de aceder a informação que me mostraram novas ideias, conceitos e projectos que me inspiraram a reposicionar a minha forma de ver, de reflectir e de agir sobre a realidade em que vivo. Posso mesmo dizer que considero a frequência deste mestrado um marco no meu percurso pessoal.

Vera Veríssimo

Quando iniciei o Mestrado estava a trabalhar num Projeto de Intervenção Social (de cariz inovador) na área do alcoolismo e toxicodependência. Tratava-se de um projeto de intervenção direta e de rua, em que a criatividade e o saber criar novas iniciativas (por vezes com poucos recursos) eram competências essenciais.

No geral, considero que este mestrado foi muito relevante para conseguirmos posicionar-nos nos diferentes contextos de trabalho, iniciar novos projetos, procurar fontes alternativas de financiamento…e esses aspetos são transversais a qualquer  contexto e trabalho.

Marisa Avelãs

 

Não posso deixar de dizer que a opção pelo MISIE se prendeu muito com questões de necessidade de crescimento pessoal, mas sobretudo de pensamento, situação que até ao momento tem acontecido.

Tenho que louvar a forma gentil com a qual fui recebida no MISIE, pois volvidos tantos anos, voltar a estudar e sentir que este ainda pode ser o meu lugar não é fácil, e os Professores, para além de todo o conhecimento académico que nos transmitem, têm sem duvida transmitido outros valores.
Pessoalmente posso afirmar que o MISIE é de um interesse imenso, que no corrente das minhas conversas, uso muitas vezes expressões e abordagens aprendidas que me fazem sentir com mais conhecimento e confiança.

 

Nélia Nobre

Dissertação: A mobilização de recursos para o empreendorismo : o contraste nos casos de necessidade e de oportunidade

É gratificante, agora tendo alguma distância do Mestrado, refletir sobre o que me proporcionou. Resumindo o seu contributo eu escolheria a palavra “diversidade”. Pela diversidade de conhecimentos, de professores, de colegas e práticas que de uma forma muito inovadora se procuraram conjugar.

Não considero que em termos de conhecimentos teóricos tenha sido revolucionário pois saí direta da Licenciatura em Sociologia e os conceitos estavam vivamente presentes (mau era se assim não o fosse!).

Encaro o Mestrado como um reforço e continuidade desses conhecimentos adicionando a eles novos conceitos e abordagens da intervenção social que não me eram tão significativos. Considero a dissertação o culminar dessa fusão que tive oportunidade de apresentar em conferências e em artigo.

Apesar de ter trabalhado durante o Mestrado, posso dizer que iniciei o meu percurso profissional apenas após o Mestrado. Deste modo, considero a Licenciatura a base para ter prosseguido na área da investigação e mais tarde em estudos de mercado. Nesta última experiência, e para minha agradável surpresa, os conteúdos da unidade curricular Decisão, Gestão de Riscos e Oportunidades foram reavivados, nomeadamente pelas teorias da decisão e das influências na escolha do/a consumidor/a.

Entre todas as “diversidades” e facetas do Mestrado aquela que para mim foi de veras importante foi a relação com os colegas de curso. Na sua maioria, e ao contrário de mim, traziam uma grande bagagem profissional. Uma bagagem diversificada, de diferentes áreas de saber e de intervenção. Para mim, prestes a dar os primeiros passos na vida profissional, foi importante ter tido contacto com essa variedade de saberes, de formas de trabalhar, de lógicas de pensar a atuar muito distintas, e distintas sobretudo daquilo que a licenciatura me tinha proporcionado.

E foi importante pois considero que o mercado de trabalho nos pede essa agilidade. Este output é particularmente útil numa fase atual em que não estou a trabalhar na área.

Aconselho o Mestrado no sentido em que permite “jogar” alternativas e criar o nosso próprio caminho de acordo com aquilo que mais pretendemos. Tudo é possível. O conselho que posso dar a próximos/as MISIE’s é que se misturem e tirem o máximo de partido da diversidade. Misturem as experiências de quem já há muito trabalha com a experiência do saber fresco saído da licenciatura. E disfrutem!

Rita Saúde

No meu caso, a base de Licenciatura em Sociologia nessa Faculdade foi de extrema importância e ter tido professores de excelência e  mais recentemente no MISIE também.

Relativamente ao emprego, posso dizer que tenho tido várias experiências na zona de Gouveia- Seia, desde o trabalho numa Associação de Desenvolvimento Local, à coordenação de  Projetos: de Luta Contra a Pobreza, Rede Social, Projeto Escolhas, Contrato Local de Desenvolvimento Social, até actualmente estar na Direção Técnica de uma IPSS local,  entre outros projetos pessoais como: a vereação da oposição numa Câmara Municipal.

A aplicação tem sido muito pertinente, na medida em que o meu trabalho se tem pautado por envolver vários públicos, com diferentes características, vários parceiros com diferentes particularidades. Procurando, a prossecução de objectivos e ações concretas com a população, minimizando sobretudo o risco e a exclusão social.

Lembro-me de no MISIE estar em aulas e rever a minha prática, conduzindo-me a uma melhor reflexão e consequentemente, a uma nova análise de outras estratégias para implementar no terreno. Foi muitíssimo importante a partilha de experiências com outros colegas.

Teve bastante impacto, um projeto de empreendedorismo nas escolas que ainda hoje é aplicado e que teve por base algumas disciplinas no MISIE. E, também, outro projeto que desenvolvi com parceiros no âmbito da Violência Doméstica com a criação de uma equipa com atuação em eixos: de prevenção em escolas, muito inovador (o nosso grupo, com as suas competências, criámos um programa ” Agir diferente, saber escolher” de capacitação de jovens no âmbito da violência e igualdade de género), no atendimento e atuação em emergência.

É claro, muitas outras ações e contextos se repercute o nosso saber adquirido!

Aconselho vivamente outros colegas a frequentar O MISIE, abre bastante os horizontes, e no meu caso levou-me a ter um espaço de reflexão para agir. Porque, a envolvência do trabalho é tanta, que por vezes, esse tempo é escasso!

Inês Almeida

Dissertação: Valor além do olhar : Fundação Casa Grande e o valor social

Hoje estou em estágio profissional em Coimbra, e dando seguimento à formação no Doutoramento de Sociologia, na FEUC, tendo tido aprovação para Bolsa FCT.

Para mim o diploma foi apenas uma consequência do percurso de uma pausa na rotina louca de trabalho e volta aos estudos em profundidade, visto que estava eminentemente no mercado de trabalho e de área diversa. O que para mim foi muito válido foi justamente a concretização de meu objetivo de abrir horizontes em novos conhecimentos académicos mas também (e desde que) práticos e úteis porfissionalmente. E no caso do MISIE acredito que isso é um grande diferencial pois o tema  já deixa de ser tendência e tem se tornado obrigação como estudantes, empreendedores, investigadores, cidadãos ou qualquer outro papel que tenhamos na sociedade atual.

O meu atual projeto principal o de doutoramento, pois me inquietei e gostei tanto de estudar o tema que agora tenho a missão de seguir  (área de estudo do terceiro setor e impacto social), que tenho como definido ser o meu de eleição para investigação e aplicação profissional, cruzada com a experiencial anterior de gestora de comunicação e marketing.

Paralelo a isso, tenho feito contribuição voluntária com projeto de investigação no Brasil, no âmbito do desenvolvimento local e, o mais importante para mim,  a sementinha plantada de um novo horizonte sócio económico com contextos e necessidades de soluções ativas e responsabilização individual pelo bem coletivo. Enfim, eu já sabia disso tudo, pelo meu histórico de vida e interesses pessoais, mas posso dizer que o mestrado foi a certeza de que isso é relevante para além do ponto de vista pessoal, mas a se pensar, reflectir e agir também cientificamente (e profissionalmente pois para mim são indissociáveis) com o objetivo da intervenção ou constribuição no âmbito dos contextos práticos das políticas publicas e contextos sócio economicos.

Meu conselho seria de que quem se interessar em um mestrado atual, diversificado, tanto em termos de professores, quanto de alunos/colegas a experiência é muito válida.

É dura, mas é válida 🙂

Mariana Abreu

Neste momento estou numa StartUp sediada na Fundação da Juventude em Lisboa, chamada PHENIX (que fez, este mês, 1 ano de existência yeeh!). Na sua origem é um empresa francesa que luta contra o desperdício, alimentar e não alimentar, na grande distribuição. Neste momento somos uma equipa de duas pessoas por isso faço um pouco de tudo, mas o foco do meu trabalho é toda a parte operacional, ou seja, contacto com instituições de solidariedade social, formações nas lojas, acompanhamento das doações dos excedentes, procura de alternativa sustentáveis para os resíduos, promoção da economia circular, avaliação do impacto, entre outras. Se quiserem saber mais visitem-nos em www.wearephenix.com .

Sem dúvida que todos os dias dou uso a muitas das ferramentas que aprendi no MISIE, principalmente no que toca à implementação, gestão e avaliação de projectos sociais, assim como a envolvência do empreendedorismo.

Um conselho para alguém que queira ingressar no MISIE: Se queres trabalhar na área dos projectos sociais, esta é a formação que deves ter.

Ana Carolina Monteiro

Eternas saudades de Coimbra e da Universidade. Consegui revalidar meu diploma pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Curso do Serviço Social. Foi um processo demorado, mas frutífero.
Atualmente, sou professora de geografia concursada do Estado de Minas Gerais e leciono no ensino médio. No entanto, o mestrado mudou toda a minha perspectiva de intervenção do meio acadêmico e na realidade como um todo. Estive algumas vezes em voltas com projetos de inovação social ligados a agricultura orgânica e à re-localização econômica. Ainda não efetivados, mas espero, em breve, começar algo. Estou estudando para a prova do doutorado em Geografia da UFMG.

A experiência proporcionada pelo MISIE foi incrível em vários aspectos. Enquanto brasileira, a oportunidade de estudar numa Universidade conceituada mundialmente como a Universidade de Coimbra e dividir espaços acadêmicos com estudantes de várias partes do mundo, foi inigualável. O mestrado em si conta conta com um corpo docente super preparado e a inovação social permeia todo o curso, trazendo muitas reflexões e ideias. Foi um divisor de águas para a minha carreira enquanto professora de geografia e empreendedora. Um diploma na Universidade de Coimbra te abre as portas e também pude me aventurar no empreendedorismo social abrindo um delivery de alimentos orgânicos locais. Indico o MISIE para mentes e corações inquietos e em busca de novos modelos de intervenção, desenvolvimento e resolução de problemas de maneira criativa e sustentável. Um forte abraço a todos do corpo docente com imensas saudades de Coimbra!

Diana Semblano

Dissertação: Há vida para além da reforma : um diagnóstico participativo e prospetivo.

Quero muito agradecer todo o conhecimento que me foi transmitido ao longo da licenciatura e do mestrado, pois tem sido fundamental para o meu percurso profissional e para o enriquecimento da minha formação académica e científica.

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