Convidados/as na uc Gestão de Organizações e Empresas Sociais

 Gerir pessoas para o bem-estar e coordenação relacional

Ao abrigo da curricular Gestão de Organizações e Empresas Sociais (MISIE), foi debatido no dia 21 de abril, o tema “Gerir pessoas para o bem-estar e coordenação relacional”, beneficiando da apresentação da Professora Teresa Carla Oliveira. O debate foi moderado pela Professora Helena Reis.

Teresa Carla Oliveira é doutorada em Psicologia Organizacional, Birkbeck College, University of London, 1999. Professora auxiliar da FEUC lecionando nas áreas da Gestão de Recursos Humanos, Gestão e Pessoas e Comportamento Organizacional aos níveis da graduação e pós-graduação e investigadora do CEBER.

Estado, Economia Social e Parcerias

A sessão de trabalho da curricular coordenada pela Professora Helena Reis, no dia 5 de maio, contou com a participação do Professor João Pedroso, para abordar o tema “Estado, Economia Social e Parcerias”, tendo motivado um debate em torno de matérias de elevada oportunidade e atualidade, que são incontornáveis para as organizações sociais e para a intervenção social.

João Pedroso é Professor Auxiliar da FEUC e investigador do CES. É licenciado em Direito (1983), mestre em Sociologia do Direito, do Estado e da Administração (2002) e doutor em Sociologia do Direito, do Estado e da Administração (2013) pela Universidade de Coimbra. Frequentou Cursos de Pós-graduação no Science Po – Institut d´Études Politiques de Paris ( 1995/1996) e no instituto Internacional de Sociologia Juridica de Oñati. Pertenceu a diversas comissões de reforma legislativa designadamente presidiu à  Comissão que elaborou   o Estatuto Fiscal Cooperativo ( 1997) e exerceu diversos cargos públicos designadamente de Presidente da Comissão instaladora e do CD do Instituto de Segurança social, IP ( 2000/2001)

Colaboração com a Pós-Graduação em Economia Social

No âmbito do Ciclo de Experiências Vivas da Pós-Graduação em Economia Social, da FEUC, coordenado palas Profa. Doutora Teresa Carla Oliveira, e da unidade curricular Gestão de Organizações e Empresas Sociais, do MISIE, coordenada pela Prof. Doutora Helena Reis, decorreu, no dia 14 de abril, na FEUC, a apresentação e discussão de dois casos de inovação social.

Esta sessão foi seguida de uma conversa entre Mércia Britto e as/os estudantes sobre questões de comunicação e fund raising.

Cinema Nosso, apresentado por Mércia Britto

É uma instituição sociocultural que trabalha para proporcionar experiências de tecnologia e inclusão para a produção de narrativas juvenis, fomentando a cadeia produtiva do audiovisual no Rio de Janeiro. Tendo como missão a “– Ampliar o universo estético e cultural através da formação audiovisual com inovação e novas tecnologias gerando impacto social”, o Cinema Nosso é reconhecido como uma das maiores escolas populares de audiovisual na América Latina, tendo mais de 5000 jovens formados.

https://cinemanosso.org.br/

Causa – Unidos por uma casa, apresentado por Afonso Almeida Fernandes

A CAuSA é uma associação de arquitetos, designers e gestores Nasceu com os incêndios de Outubro de 2017 e pretende levar a arquitectura aos mais desfavorecidos.

Os seus projetos apoiam as vítimas dos incêndios para lhes permitir retomar a atividade económica. O Anexo Agrícola oferece a cada agricultor a reconstrução do sítio de apoio à Horta, maioritariamente feito de madeira ardida, sendo esta madeira reaproveitada, comprada e trabalhada em serrações locais. A Horta não só proporciona parte do sustento, como permite participar na implementação de uma rede de fornecedores de bens alimentares, enquadrados no âmbito da Agricultura Familiar, de modo a poderem obter rendimento da sua atividade.

Em parceria com a Just a Change também realizam projetos de reabilitação de casas com escassas condições de habitabilidade.

https://www.associacaocausa.pt/sobre-nos

Apresentação do MISIE na Feira de Mestrados da FEUC

Decorreu, no dia 12 de abril a Feira de Mestrados da FEUC, onde o MISIE esteve representado pela coordenação e docentes.

Visita à Universidade de Roskilde

No âmbito do acordo Erasmus+ entre o Mestrado em Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Coimbra e o Mestrado em Empreendedorismo Social e Gestão da Universidade de Roskilde, Dinamarca, Sílvia Ferreira visitou a Universidade de Roskilde entre os dias 27 de março e 1 de abril, onde leccionou na unidade curricular Inovação Social, Mudança Social e Transição Sustentável, do Mestrado em Empreendedorismo Social e Gestão.

Para além dos acordos gerais disciplinares das Faculdades em Economia e de Psicologia e Serviço Social, o MISIE tem um acordo Erasmus+ com o Mestrado em Empreendedorismo Social e Gestão, da Universidade de Roskilde e com o Mestrado em Gestão da Economia Social da Universidade de Bolonha, permitindo o intercâmbio de docentes e estudantes.

Mais informações sobre mobilidade outgoing em Erasmus+ e outros programas aqui:

https://www.uc.pt/driic/mobilidade/out/programas_mobilidade/index

Prémio CASES – Estudos e Investigação

O projeto TIMES – Trajetórias Institucionais e Modelos de Empresa Social em Portugal foi reconhecido com o Prémio António Sérgio para a Economia Social, atribuído pela CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, na categoria de Estudos e Investigação.

Este projeto, coordenado no Centro de Estudos Sociais por Sílvia Ferreira e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e Programa Operacional Competitividade e Inovação COMPETE 2020 (PTDC/SOC-SOC/30612/2017 | POCI-01-0145-FEDER-030612), pretendeu contribuir para o conhecimento do significado, perfil, contexto institucional e papéis das ES em Portugal, de modo a ajudar a fortalecer o seu papel na resolução de problemas sociais e societais. Para tal:

  • Procedeu ao mapeamento do quadro institucional e significados de empresa social em Portugal
  • Desenhou uma tipologia de modelos de empresa social em Portugal
  • Identificou o modo como os quadros institucionais existentes moldam o comportamento das empresas sociais e como estas moldam estes quadros institucionais
  • Estudou o papel das empresas sociais na resposta aos desafios sociais e societais nas áreas do emprego, inclusão social, arte e cultura e ambiente.

O projeto identificou cinco modelos de empresa social em Portugal, com significativo paralelismo com outros países da Europa Ocidental.

No capítulo final do LIVRO propõe um conjunto de recomendações organizadas em três áreas:

Recomendações gerais
  • clarificação do conceito a partir de um diálogo amplo entre os diferentes stakeholders, incluindo a clarificação da sua relação com a economia social;
  • um melhor enquadramento legal e fiscal;
  • investigação e formação visando melhorar as competências de gestão económica e de governança;
  • fortalecimento do auto-reconhecimento e das redes interorganizacionais;
  • uma maior atenção à contratação pública socialmente responsável;
  • estudo e reconhecimento das necessidades de financiamento;
Recomendações específicas para os cinco modelos de empresa social identificados
  • revitalização das políticas de apoio às empresas sociais de integração pelo trabalho;
  • reconhecimento da utilidade pública e natureza económica das empresas sociais com a forma cooperativa independentemente do ramo;
  • enquadramento legal mais adequado às empresas sociais que assumem formas legais idênticas às das sociedades comerciais;
  • reconhecimento das organizações da economia solidária a par da economia social e enquadramento adequado das práticas de reciprocidade como parte de uma economia mais plural;
  • clarificação da relação com o Estado de modo a promover e escalar o potencial de inovação social que as organizações não lucrativas empreendedoras trazem para as políticas.
Recomendações específicas para as quatro áreas de intervenção estudadas
  • reconhecimento, no setor do Estado responsável pelas políticas de promoção ambiental, da especificidade das empresas sociais;
  • desenvolvimento de melhores articulações e redes de aprendizagem mútua entre as empresas sociais que atuam na sustentabilidade ambiental e empresas sociais que atuam noutros campos como a inclusão social e o emprego;
  • o reconhecimento do setor das empresas sociais na arte e na cultura na sua capacidade de inovação na resolução de problemas sociais e societais;
  • promoção do modelo cooperativo como instrumento de organização coletiva passível de reduzir a precariedade dos trabalhadores das artes e da cultura nos casos em que a natureza do trabalho artístico não se adequa à vinculação a um empregador;
  • promoção das empresas de inserção pelo trabalho;
  • reconhecimento e valorização das múltiplas formas de trabalho e de emprego existentes nas empresas sociais e nas organizações da economia social – capacitação dos municípios para uma melhor atuação no campo da inclusão social, em parceira com as empresas sociais e no âmbito da contratação pública socialmente responsável

Equipa de investigação do projeto:

  • Sílvia Ferreira – Investigadora Responsável (FEUC/CES)
  • Hugo Pinto – Co-Investigador Responsável (FEUAlg/CES)
  • Maria Elisabete Ramos (FEUC)
  • Teresa Maneca Lima (CES)
  • Virgínia Ferreira (FEUC/CES)
  • Patrícia Moura Sá (FEUC)
  • Michela Giovannini (CES)
  • Pedro Fidalgo (CES)
  • Joana Almeida (CES)
  • Luara Maranhão (CES)

Consultoras do projeto:

  • Marthe Nyssens (UCLouvain/ICSEM Project)
  • EMES – International Research Network (Rocío Nogales)

Website: https://times.ces.uc

Criatividade em final de semestre

Para finalizar o semestre, os/as estudantes da unidade curricular Sociedade, Inovação e Empreendedorismo, do Mestrado em Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo e alguns estudantes do Mestrado em Sociologia foram desafiados/as para apresentarem os seus trabalhos de forma criativa. Foi assim:

É evidente que a tarde não correu bem para toda a gente, mas para nós foi um belíssimo final de semestre.

Parabéns a todos/as.

Seminário: Ecossistemas de Inovação Social – teoria, política e prática

9 de Dezembro, Anfiteatro 3.1, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Ainda que as práticas de inovação social sejam tão antigas quanto as iniciativas da sociedade para melhoria das condições de existência humana, sobretudo a partir do século XX, as políticas e a investigação sistemáticas sobre a inovação social são mais recentes, do século XXI.

Portugal posicionou-se como pioneiro na implementação de políticas de promoção de inovação social, mais notavelmente através da iniciativa Portugal – Inovação Social, criada em 2014, no âmbito do Acordo de Parceria Portugal 2020 assinado com a Comissão Europeia.

Nas práticas multiplicaram-se as iniciativas de inovação social em velhas e novas organizações da economia social, organismos públicos e, mesmo, em organizações lucrativas, pela mão de empreendedores/as sociais, institucionais e políticos.

Hoje, interessa-nos fazer o balanço do que tem sido as práticas, as políticas e a investigação sobre a inovação social em Portugal na Europa, mas, também, olhar para o futuro e perceber as tendências.

Neste Seminário pretendemos conversar sobre a iniciativa Portugal – Inovação Social e o seu futuro na nova Agenda para o Impacto 2030.

Interessa-nos compreender o significado e implicações de olhar para os ecossistemas de inovação social, e não apenas para as práticas individuais e organizacionais.

Através de um caso exemplar, prestaremos atenção ao modo como as práticas têm evoluído e têm interagido com as políticas de inovação social e os com os seus próprios ecossistemas.

Mais informações: https://mestradoisie.wordpress.com/conferencias/seminario-ecossistemas-de-inovacao-social-teoria-politica-e-pratica/

Dissertação: a moda sustentável é capaz de responder aos impactos socioambientais da indústria?

Título: Da morte à vida: a moda sustentável é capaz de responder aos impactos socioambientais da indústria?

Autora: Maria Eduarda de Matos Gragnani

Orientadora: Lúcia de Oliveira Fernandes

Resumo:

Esta dissertação discorre sobre a emergência do fenômeno da Moda sustentável no limiar do século XXI, levando em consideração contextos, práticas e controvérsias em torno do tema. Em todo seu percurso plurissecular, a Moda passou por diferentes fases em sua estruturação, até que chegasse ao modelo como conhecido na contemporaneidade, com ciclos cada vez mais acelerados. Em vista disso, a indústria da Moda é considerada uma das maiores propulsoras de problemáticas socioambientais, fato que corroborou para a ascensão do fenômeno da Moda sustentável. O conceito de sustentabilidade, no entanto, engendra hoje disputas entre os movimentos e atores políticos que contestam o sistema capitalista neoliberal e a visão hegemônica, consolidada nas conferências ambientais dos últimos quarenta anos, de que é possível ser sustentável dentro do mesmo paradigma econômico de crescimento ilimitado.Portanto, esta investigação parte do interesse de compreender as contradições e desafios que estão postos em torno da construção de novas formas de produzir, consumir e se relacionar com a moda. Começo por discorrer sobre os significados da moda ao longo dos séculos, sua relação com os contextos sociopolíticos e sua configuração como um espaço simbólico importante de articulação da modernidade e suas temporalidades. Em seguida, explico o ciclo da moda na contemporaneidade, em todas as suas etapas, desde a produção do fio até o descarte, passando então a expor as problemáticas socioambientais geradas nesse processo, bem como a distribuição dos impactos conforme as lógicas vigentes no sistema neoliberal globalizado. Por fim, situo a origem da moda sustentável num movimento mais amplo de crítica ambiental ao sistema capitalista, aponto as contradições geradas pela incorporação e consequente despolitização dessa crítica pelo mercado, e por fim, procuro entender as alternativas práticas à incorporação.A investigação teve o caráter qualitativo e exploratório e combinou a análise da literatura especializada, relatórios atuais sobre o tema, bem como entrevistas semi-estruturadas com ativistas brasileiras que atuam com a Moda sustentável em seu país. Ao colocar em diálogo as diferentes fontes, tracei hipóteses para compreender o que a moda sustentável é e o que pode ser, pela perspectiva de quem atua na construção de seus significados e potencialidades, a partir de uma posição contra-hegemônica, na qual também me situo, na condição de investigadora e militante.

URL: https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/104894

Candidaturas 2022-2023

Curso: Investigação em Vídeo para Mudança Social

Os/as estudantes do MISIE organizam o workshop “Investigação em Vídeo para Mudança Social” nos dias 18 e 19 de maio, no Student Hub, Universidade de Coimbra.

Este workshop pretende treinar os participantes em metodologias inovadoras de investigação-ação no domínio da intervenção social. Durante dois dias, Andrés Morales e Sara Calvo conduzirão o workshop, com sessões teóricas e práticas.

Inscrições em: https://forms.gle/s3P59r9TUyzua84R8

Facilitadores

Andres Morales

Doutor em empreendedorismo social, desenvolvimento e comunidades indígenas na América Latina (Open University, UK), tem lecionado na área de inovação social, empreendimento social e negócios sustentáveis, incluindo experiência no desenho e docência de cursos e programas online. É docente em ciências sociais e negócios na UNIR (Espanha).

É autor de livros e artigos em revistas de prestígio em temas relacionados com sustentabilidade, upcycling, empresas sociais e inovação social, com destaque para o livro Social and Solidarity Economy The World’s Economy with a Social Face, Routledge (com Sara Calvo e Yanni Zikidis).

Tem desenvolvido consultoria certificada em medição de impacto usando o Social Return on Investment (SROI) da Social Value UK, foi general manager por mais de cinco anos numa empresa de negócios sustentável em Londres (Sourced Market Ltd). É co-fundador da Minca Ventures Ltd, uma empresa de impacto social que oferece formação e programas educacionais, consultoria e coaching (https://mincaventures.com/about-us/).

Sara Calvo

Doutora em empreendedorismo social e minorias étnicas (Middlesex University, UK), possui mais de 15 anos de experiência docente ao nível universitário no campo da inovação social, empresas sociais e negócios sustentáveis. É professora titular na UNIR (Espanha).

É autora de livros e artigos em revistas de prestígio em temas relacionados com sustentabilidade, upcycling, empresas sociais e inovação social. Experiência como líder de negócios sociais e fundadoar e CEO da Minca Ventures Ltd e do Instituto Buen Vivir. Consultora de empresas sociais certificada pelo Institute of Leadership and Management e Coach certificada e membro da International Coaching Federation. É co-fundadora da Minca Ventures Ltd.